A postos! - sejamos prestativos
Alexandre Martins,
cm.
Uma das características de um Congregado mariano autêntico é a
prestatividade. O verdadeiro Consagrado é uma pessoa prestativa
para a Igreja. No antigo jargão militar, “estar a postos”
significava “estar em seu posto”, “estar de prontidão”,
“estar preparado para agir quando necessário”. È uma postura
que o verdadeiro Congregado mariano sempre deve manter: preparado
para agir.
Alguns
atribuem essa característica à imitação de Maria quando, ao saber
da situação de Isabel, corre imediatamente a ajudá-la, mesmo que
estivesse distante (Lc 2,42). “…pôs-se a tenra e delicada
donzela a caminho, sem se atemorizar com as fadigas da viagem”.1
Essa
imagem da “Virgem Prestativa” é querida pelas moças na
Congregação Mariana e demonstra um carinho pelas coisas de Deus,
manifestadas nos seres humanos. A Congregada mariana se vê como
aquela que está disposta a servir. “A caridade é prestativa”
(1Cor13, 4).
Mas
os homens tem outra imagem para ilustrar sua ação: o cruzado que
está disposto a lutar pela Igreja.
Não
é à toa que, no início do século XX no Brasil, as Congregações
Marianas masculinas se assemelhassem a verdadeiros exércitos, tanto
na sua organização e disciplina quanto em sua eficácia e atuação.
O distintivo em uso até 1955 era como um “escudo de cavaleiro”,
o hino oficial evocava a “luta” e a “espada”, etc. Tudo isso
para dispor no coração do jovem Congregado a atitude de
disponibilidade ao serviço da Igreja, como um soldado pela pátria
ou melhor: o cavaleiro da Rainha.
Congregação Mariana do Ginásio Nossa Senhora da Conceição, em
São Leopoldo (RS) - “Queremos apenas pôr o nosso batalhãozinho em
mais estreito contato com os maiores e heróicos regimentos que em
outros pontos do grande campo de batalha combatem pela mesma
bandeira.” 2
Se
em alguns essa atitude aguerrida fosse entendida como algo belicoso,
o real significado é a prestatividade – marca do autêntico
Congregado. O verdadeiro Congregado mariano não é aquele que fica
sentado sem se preocupar com as necessidades da Igreja.
È
comum vermos jovens congregados se disporem a ajudar nas Missas, a
promovereem a organização da assembléia de fiéis e sempre
colaborando com os sacerdotes.
Essa
colaboração é, por vezes motivo de espanto aos que não entendem a
prestatividade dos filhos de Maria. Há sacerdotes que ficam
desconcertados com aquele aquem não é preciso pedir, pois já se
colocam à disposição para ajudar. Os religiosos não tem o costume
de alguém ajudar o seu convento sem serem antes comunicados. Os
Congregados marianos são aqueles que estão às portas para ajudar
de algum modo.
Em
um mundo de egoísmo e interesses, uma atitude sincera e pura como a
dos autênticos Congregados marianos não deixa de espantar. Mas é
esta a norma ensinada dentro das Congregações Marianas: sentir com
a Igreja.
Que
a Virgem de Nazaré, solícita para com todos – Isabel, o casal de
Caná... - possa manter o mesmo espírito de solicitude nos seus
Congregados.
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