Reuniões fajutas
Osasco, SP - Dia Nacional do CM / 2016
Alexandre Martins, cm.
Há grupos de leigos católicos que são formados com todo o tipo de
gente e sem nenhum critério de seleção. Suas reuniões são feitas
ajuntando cadeiras numa sala com qualquer quantidade de gente. Isso
não é o tradicional nas Congregações Marianas e nem sua forma de
agir. Não fazemos “reuniões fajutas”, ou seja, “reunir por
reunir”, uma reunião sem um sentido prático.
Embora seja citados nos Evangelhos o numero de dois para a Presença
do Senhor, isso não se aplica a reuniões de qualquer grupo e nem
constitui o início de qualquer obra. O número mínimo1
para a consideração de um novo instituto religioso é de três
pessoas (em referência à Santíssima Trindade, modelo perfeito de
uma comunidade). E em outras associações o número mínimo varia.
Nas Congregações Marianas iniciaram a sua
gloriosa história como um pequeno grupo de seis jovens. O numero
minimo que possa ser considerado para a fundação de uma nova
Congregação Mariana é de quatro pessoas. O motivo veremos
abaixo. Mas, numa reunião comum, a
experiencia indica a necessidade de ao menos três pessoas.
O assunto de “numero mínimo” nunca foi tão mencionado no
passado talvez porque o espirito missionário tenha sido mais forte
antigamente do que em nossos dias. Talvez porque os grupos e a
pertença a eles eram mais valorizados do que hoje em dia. Era comum
que algumas pessoas se interessarem em se agrupar sempre que uma nova
iniciativa fosse começada. O que se chama “gregariedade” era
mais patente nos velhos tempos do que hoje.
Mas os grupos bons sempre começam pequenos: “Ao querer de
primeira mão brecar todos os vícios, se corria o risco de endurecer
os corações que se desejava curar. Da massa se escolheu um pequeno
núcleo cujo exemplo pudesse influir nos demais. Era uma seleção,
condicionada à situação e não demasiado rígida para começar.
Mas não se admitia à Congregação os que não renunciavam ao
concubinato, ao jogo às conversas desonestas e outras coisas comuns
entre os soldados.”2
Nossa experiencia e a tradição das Congregações Marianas indica
portanto que um par de pessoas possa ser usado numa
recitação do terço ou do Pequeno Oficio,
mas não para uma reunião oficial de uma Congregação Mariana.
Ainda mais: uma correta reunião de Congregação Mariana supõe um
numero maior de presentes.
Se contarmos com a presença de uma Diretoria minima3
– a saber, presidente, secretario, tesoureiro e instrutor - teremos
portanto quatro pessoas.
Adicionando4
os antigamente chamados “oficiais menores” - a saber,
porta-bandeira, leitor, sacristão e bibliotecário - teremos mais
quatro membros.
Portanto, sem contarmos com prováveis ouvintes, aspirantes,
candidatos e outros Congregados que não tenham cargos na Diretoria,
teremos o numero minimo de oito pessoas numa reunião comum
sem contarmos com o sacerdote (de presença não obrigatória em
todas as reuniões).
Nossa experiência nos diz que quando mais presenças numa
reunião motiva psicologicamente todos só membros da Congregação
Mariana e faz com que tenham cada vez mais animo em lutar pelo Reino
de Cristo sobre a Terra.
Façamos das reuniões em nossa Congregações Marianas momentos
verdadeiros de crescimento espiritual, cultural, catequético e
fraternal. Cuidemos com o mesmo carinho das orações recitadas
ardorosamente em conjunto, da promoção da Cultura cristã, do
estudo e conhecimento profundo do Catecismo e da Doutrina Católica
em todos os seus aspectos relativos à vida cotidiana dos Congregados
presentes e, mais ainda, do “sentido de família” que uma
Congregação Mariana autêntica deve ter.
Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!
2-
pe. Emile Villaret, SJ em “Cuatro Siglos de Apostolado Seglar”,
pág, 50
3-
Regras Comuns das CCMM, artigos 53,55,57 e 58 – Regra da Vidas das
CCMM do Brasil, artigo 58
4-
Regras Comuns das CCMM, artigos 59 a 63 - – Regra da Vidas das
CCMM do Brasil, artigo 64