Casais Congregados Jovens e seu Equilíbrio

 Imagem do Pin de história

 

Alexandre Martins, cm.

 

Viver a fé sem perder o essencial — um caminho mariano de equilíbrio

A vida de um casal jovem é intensa. Trabalho, estudo, casa, amigos, paróquia, Congregação Mariana, eventos, grupos, viagens, redes sociais… Parece que o dia tem 12 horas e a agenda tem 48 compromissos.

E o mais curioso?
Quase tudo é bom.

Só que até o “bom” pode virar demais.

Para nós, casais congregados marianos, o grande desafio não é escolher entre bem e mal.
É escolher entre muitos bens.
E perceber quais deles realmente constroem o que Deus quer para nós agora.

 

Vida social é presente — mas não pode virar fuga

Sair com amigos, ajudar na paróquia, participar de grupos, servir na CM… tudo isso é lindo.
Mas às vezes, sem perceber, a gente usa o “fazer coisas” como anestesia:

  • fugir de conversas importantes entre o casal;

  • evitar olhar para dentro;

  • não encarar uma saudade, um medo, um incômodo;

  • esconder-se atrás do apostolado.

O ativismo parece fé forte…
mas às vezes é só coração cansado.

O primeiro passo é simples:
perguntar “por que estou fazendo isso?”
Se a resposta não vem da paz, vale repensar.

 

A casa do casal é terra sagrada

Não existe apostolado frutífero se a casa estiver deserta de presença, carinho, diálogo e construção de futuro.

Antes de qualquer ministério, Maria ensina:
cuidem da casa; cuidem um do outro; cuidem do amor.

O lar é o primeiro altar.
É onde nasce a fé.
É onde renasce a coragem.
É onde Deus fala mais forte.

Não é egoísmo priorizar o casal — é maturidade espiritual.

 

Discernir juntos: o segredo dos casais congregados

Casais marianos não tomam decisões no impulso.

Tomam rezando juntos, conversando, abrindo vulnerabilidades, perguntando:

  • “Isso nos aproxima de Deus?”

  • “Isso fortalece nosso amor?”

  • “Isso dá paz ao nosso lar?”

  • “Isso é para agora ou para depois?”

  • “Estamos escolhendo por amor… ou por pressão?”

O discernimento é o grande presente que a espiritualidade inaciana nos oferece.
Use-o como casal. Ele evita feridas, cansaços desnecessários e escolhas precipitadas.

 

Equilíbrio não é fazer tudo. É fazer o que Deus pede.

Alguns casais vão poder assumir mais.
Outros, menos.
E tudo bem.

O casal congregado não prova nada para ninguém.
Ele responde ao chamado de Deus — não ao ritmo das expectativas alheias.

Para uns, a adoração semanal fica.
Para outros, a reunião da CM é essencial.
Para outros, uma única ação bastará.

Cada casal é único.
Cada história é sagrada.
Cada ritmo é válido.

 

Lembre-se: o amor de vocês É missão

Muitos casais jovens acham que missão é tudo o que fazem fora de casa.
Mas a missão começa dentro:

  • nos gestos de cuidado;

  • no perdão cotidiano;

  • no diálogo maduro;

  • no amor casto e generoso;

  • na busca juntos da vontade de Deus;

  • na criação de um lar que respira Evangelho.

O mundo precisa de testemunhos assim.
A Congregação precisa de casais assim.
A Igreja precisa de amores que brilham sem barulho.

E Maria…
Maria sorri quando vê dois filhos seus construindo uma vida no ritmo do Céu.

 

Casais congregados jovens, não tenham medo de viver com profundidade — não com pressa.

Façam menos… para amar mais.

Digam alguns “não”… para dizer “sim” ao que realmente importa.

E deixem que o lar de vocês seja o primeiro apostolado, o mais fecundo, o mais mariano.

 

Sempre ad Jesum per Mariam.

 

IA


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